Segundo Secretário-Geral eleito pelo plenário da Conferência de Santiago, Sua Majestade Arthur II de Ebenthal vem conduzindo os negócios da principal organização internacional da América Latina desde 5 de janeiro de 2022. Procurado pelo Crônicas do Riachuelo, ele concedeu a entrevista a seguir.
Majestade, você foi o segundo a ocupar a Secretaria-Geral da CS, sucedendo o Imperador-Rei Oscar I, da Kárnia-Rutênia. Se antes a Conferência funcionava como uma democracia direta, onde todos podiam opinar e abrir discussões livremente, qual foi o principal desafio como Secretário-Geral, atuando em uma estrutura definida e baseada na hierarquia?
Certamente dar o exemplo. Liderar é difícil, pois tudo começa com você, e você tem que ter um comprometimento que é admitidamente difícil de manter ao ter que manejar vida pessoal, política nacional e política internacional. Felizmente, para isso, sempre pude contar com meus amigos para me apoiar e me ajudar.
Durante o seu mandato tivemos a expansão da Conferência de Santiago para outros países com a adesão de micronações como Saint-Castin, Sancratosia e Vishwamitra. Em sua opinião, qual o espaço ocupado pela Conferência hoje no cenário micronacional internacional, onde existem outros organismos micronacionais em atuação e micronações que, por si só, já são bastante influentes e abrangentes diplomaticamente? Qual é o principal aspecto que torna a Conferência um atrativo para as micronações, sobretudo fora do Brasil?
É difícil penetrar num cenário internacional já tão desenvolvido, mas creio que nossas recentes adesões falam por si só. A Conferência, hoje, é uma ordem em ascensão e com um futuro promissor graças principalmente ao profissionalismo e ao bom relacionamento, aliás, à amizade, daqueles envolvidos. E esse é o nosso maior atrativo em minha nada humilde opinião.
Há um mês de encerrar o seu mandato, Vossa Majestade enxerga que conseguiu cumprir com os planos e objetivos inicialmente traçados? Quais foram as principais conquistas de sua gestão?
Alguns, sim, outros, não. É preciso admitir todas as dificuldades que todos enfrentamos em nossas trajetórias pessoais e micronacionais, e fazer um mea culpa. Mas tivemos grandes conquistas como a nossa expansão para além da América do Sul, o boost em nossa atividade política e o exemplo de coesão e lealdade que damos ao enfrentarmos, juntos, os obstáculos que se entrepõem em nosso caminho, o estreitamento de nossas relações com outras grandes organizações como a ASAM, a MicroFrancophonie e, até certo ponto, com a GUM, e principalmente a participação da Conferência na Microcon, a primeira vez em que uma organização de origem sul-americana será representada no maior evento micronacional do planeta.
O que se espera da Conferência de Santiago para o futuro, em seu ponto de vista? Quais as oportunidades de crescimento, sobretudo no cenário internacional, para uma organização como a Conferência?
Acredito que a Conferência de Santiago tem potencial para se tornar uma organização-modelo no cenário internacional. Não somente pela sua organização, pois há e houveram muitas organizações nesse modelo, mas devido ao nosso modus operandi. Nossas relações pessoais e profissionais são o que construíram e continuam construindo a Conferência, por isso eu acredito que a Conferência está muito além de ser uma YAMO e nem aspira a competir com a GUM, ou a ser uma ONU, mas sim que será, aliás, que é um novo modelo de organização. É sui generis!
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