Reino da Quinta Velha
Instituto Histórico e Geográfico da Quinta Velha
Secção de História Nacional
Que a Quinta Velha é um país com história riquíssima todo mundo já sabe! Com sua história se confundindo com a do Estado do Rio Grande do Norte, o nosso país tem passagem por grandes momentos históricos deste ente federativo do Brasil. Após a fundação do Senhorio de Santa Rita pelo glorioso Joaquim d’Albuquerque, decisões importantes precisaram ser tomadas e a influência daquele Senhorio do qual a Quinta Velha é Estado sucessor teve importante peso. Não diferiu durante um dos conflitos mais importantes da história.
A Guerra Peninsular, importante conflito ocorrido na Europa entre os anos 1807 e 1814, teve como nações beligerantes o Primeiro Império Francês contra o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, o Reino de Portugal e Algarves, e o Império Espanhol, combatendo pelo domínio da península ibérica.
O Reino de Portugal e Algarves teve situação delicada no conflito. Após desobedecer às ordens de Napoleão I e não aderir ao bloqueio continental, Portugal viu bater à sua porta a Grande Armée francesa a 20 de novembro de 1807. Antes disso, a família Real portuguesa já esperava o pior e já preparava um plano para caso a situação se complicasse. Após demorada deliberação e tomada a decisão de desobediência às ordens francesas, Dom João VI enviou aviso, a 7 de outubro de 1807, solicitando informações do que convinha a ser feito para a defesa da Capitania do Rio Grande.
O então Governador, o Tenente-Coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, sugeriu a construção de uma série de fortificações ao longo do território da Capitania, dentre elas uma situada na ponta da praia de Genipabu.
Nas reuniões decidiu-se e autorizou-se a construção do Fortim na ponta da Praia de Genipabu para a defesa territorial da Capitania. Além do forte, se planejou a construção de uma trincheira, ambos com o objetivo de disputar o desembarque do inimigo em caso de invasão. Em estilo abaluartado, o Fortim contava com ameias, mas não tinha guaritas.
As invasões não aconteceram e o forte não teve a utilidade planejada. Acabou desarmado e suas peças de artilharia foram levadas para outras regiões. A construção não aguentou a ação do tempo e dos homens e acabou desaparecendo. Documentos encontrados no Solar de Albuquerque foram os únicos registros encontrados acerca do Fortim na Ponta de Genipabu e desta importante passagem da História Militar da Quinta Velha.